Um diário de memórias de tudo que aconteceu durante a pandemia. É assim que a professora Rosane Soares, do Departamento de Artes Visuais e Design (DAVD), define a exposição Desalinhos de São Cristóvão, cuja abertura ocorre nesta segunda, 4, na Galeria de Artes Jordão de Oliveira (hall de entrada da Bicen) e segue até o final do mês.

Trata-se de uma instalação na qual foram utilizados materiais ligados às atividades têxteis, como alfinetes, bastidores, linhas e manequins, assim como fotografias, representando as memórias do período de resistência atravessado pelas crocheteiras de São Cristóvão na pandemia.
A ação, nas palavras da professora Rosane, procura “diminuir os problemas desse grupo, tanto os econômicos quanto os emocionais”.

Cinco crocheteiras e dois estudantes envolveram-se ao longo do projeto. Na montagem, porém, houve a participação de mais estudantes de Artes Visuais e Teatro na concepção e construção.

Uma curiosidade: a orientação da professora Rosane por aplicativo de mensagens durante a pandemia com o estudante bolsista John Eldon compõe a instalação. Toda a conversa até então privada constitui parte do que o público pode apreciar.

A exposição-instalação é resultado do projeto de extensão Linhas e Desalinhos de São Cristóvão (2021-2022), realizado em parceria com a Casa da Costura Dona Zil – equipamento social da Secretaria de Assistência Social e Trabalho de São Cristóvão - e com a Coletiva Crochê-Te-Ando – grupo de artistas têxteis contemporâneas que surgiu na cidade em 2020.

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