Existem pessoas que estão excluídas dos serviços tecnológicos tradicionais? A tecnologia social acredita que sim e trabalha para mudar essa realidade, aponta o professor Paulo Araújo do Departamento de Engenharia Mecânica da UFS (Dmec).
“Tecnologia social busca solucionar problemas dando autonomia às comunidades. Ela atende a comunidades e grupos de pessoas que de uma forma ou de outra estão excluídas. Onde o Estado tem dificuldade de chegar, nós, como grupo, pretendemos apontar um caminho de tecnologia para mudar isso”, conta.
Nesta segunda-feira, 19, palestras, oficinas e minicursos serão as ações ofertadas pelo II Encontro de Tecnologia Social, Meio Ambiente e Inovação no Estado de Sergipe. O evento acontecerá no campus de São Cristóvão até sexta, 23. Para informações sobre inscrições, programação e outros detalhes, acesse a página no Instagram.
“O primeiro evento [2018] serviu para identificar e encontrar atores, no estado de Sergipe, que trabalham ou estão envolvidos com a tecnologia social”, diz Paulo, coordenador do evento. Hoje, ele faz parte de um grupo, formado por pessoas da UFS de diversas áreas do conhecimento. O objetivo é consolidar um núcleo de tecnologia social. A partir daí, promover pesquisa, extensão e formação na área.
Confira, abaixo, uma pequena entrevista com o professor Paulo Araújo.
- Em que medida é importante debater a tecnologia social?
Hoje, a tecnologia social não é só importante para Sergipe, Nordeste e Brasil. Ela é importante para o mundo. Por exemplo, atualmente temos necessidades imperativas, que é diminuir o consumo e baixar o nível de poluição relacionado com carbono. Todas essas exigências que o mundo tem que buscar para se transformar precisa de caminhos. E o nosso grupo vê um caminho: a tecnologia social.
- Como a tecnologia social pode contribuir para o mundo?
São muitas informações, mas uma delas é a seguinte: precisamos criar outra economia. Uma economia que seria baseada não simplesmente no consumo – porque isso a gente está vendo que o planeta não suporta mais. Estamos falando da nossa casa e nós, como seres humanos, temos que encontrar alternativas para isso. Como? Apoiar a economia solidária, ajudar a desenvolver outras formas de trocas humanas. Então, a tecnologia social é por essência multidisciplinar.
Paulo Marques (bolsista)
Luiz Amaro
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